A TIMOR GAP cumpre sempre as suas obrigações contratuais e rejeita completamente quaisquer falsas alegações da Timor Resources Pty Ltd, uma empresa privada de petróleo e gás da Austrália, de que deve qualquer dinheiro nos termos do Acordo de Operações Conjuntas.
A TIMOR GAP opera em conformidade com os mais elevados padrões de integridade e transparência e continua empenhada no Estado de direito e no cumprimento de todas as suas obrigações contratuais.
Reportamo-nos à notícia publicada pela Lusa, no dia 2 de Março 2023, com o título “Timor Resources vai processar petrolífera timorense por falta de pagamento em projeto.” A notícia reproduz várias afirmações produzidas pela empresa Timor Resources que são inteiramente falsas e atentatórias do bom nome da Timor Gap. Em conformidade, vimos esclarecer o seguinte:
- Nos termos dos contratos assinados pela Timor Resources com o Estado de Timor-Leste (Contrato de Partilha de Produção – PSC) e com a Timor Gap (Acordo de Operações Conjuntas – JOA) relativos aos Blocos A e C (os “Blocos”), a Timor Resources assumiu a obrigação de financiar a totalidade (100%) dos custos incorridos nos referidos blocos, incluindo os custos relativos ao interesse participativo da Timor Gap (50%) durante a fase de exploração e desenvolvimento e até à primeira produção de petróleo. Essa obrigação é habitualmente designada na indústria petrolífera por “Carry” e é normalmente assumida pelas companhias petrolíferas estrangeiras em relação às empresas petrolíferas nacionais como é o caso da Timor Gap.
- Nesse sentido, a Timor Resources está obrigada a suportar a totalidade dos custos incorridos, e a incorrer, nos referidos blocos, até que seja atingida a primeira produção de petróleo caso a atividade de exploração em curso seja bem sucedida e resulte numa declaração de descoberta comercial.
- Essa obrigação da Timor Resources, e o respetivo Carry, encontra-se estabelecida em termos absolutamente inequívocos nos referidos contratos, PSC e JOA.
- Face ao exposto, a Timor Gap não tem qualquer obrigação contratual de suportar quaisquer custos de exploração e desenvolvimento, pelo que não se encontra em situação de incumprimento conforme falsamente alegado pela Timor Resources.
- Pelo contrário, é a Timor Resources que se encontram em grave violação das suas obrigações contratuais ao se recusar a financiar a totalidade das operações petrolíferas.
- Acresce que, desde novembro de 2022, a Timor Resources impediu a participação da Timor Gap nas reuniões da Comissão de Operações, e bloqueou o acesso da Timor Gap a qualquer informação geológica, técnica ou financeira, o que constitui igualmente uma violação grave das suas obrigações ao abrigo do JOA.
- Fazemos notar que, durante a negociação dos referidos PSC e JOA, a Timor Resources produziu várias afirmações, incluindo por parte da respetiva CEO, assumindo o compromisso de suportar a totalidade das operações de pesquisa e desenvolvimento, afirmando dispor dos recursos financeiros para tal.
- Por outro lado, a Timor Resources está obrigada perante o Estado de Timor-Leste a prosseguir as operações nos referidos Blocos nos termos do PSC, independentemente de qualquer disputa com a Timor Gap, não podendo suspender essas operações conforme terá sido anunciado pela Timor Resources.
- Qualquer suspensão ou interrupção injustificada das operações resultaria numa violação grave do PSC que poderá resultar na rescisão desse contrato por parte do Estado de Timor-Leste.
- Enquanto parceira da Timor Resources, a Timor Gap espera que a Timor Resources consiga reunir os recursos financeiros para prosseguir as atividades nos referidos Blocos e honrar as obrigações que assumiu, enquanto investidor estrangeiro, perante a Timor Gap e o Estado de Timor-Leste.